Amigos

Hoje tive uma conversa que me deixou um pouco triste. Não que já não soubesse tudo o que foi dito mas porque ao ouvir de outra pessoa reconhece-se que realmente algo não está bem.

Quando acabamos o 12º ano é tempo de cada um seguir o seu caminho pessoal, seguir os sonhos, as vontades de cada um. Não podemos deixar de seguir o que queremos por causa do que nos prende no nosso sítio mas o que é certo é que tudo se torna mais difícil, mais doloroso quando temos de seguir sozinhos ou pelo menos sem os rostos de sempre perto de nós.

O tempo vai passando e as relações com os que eram os amigos de todos os dias vão mudando. Inevitavelmente. Ninguém tem culpa. É assim. Faz parte desta nova fase da vida. No entanto há várias formas de tentar atenuar esta mudança, de preservar o máximo que pudermos das relações que queremos manter. Mas nem sempre são feitos esforços nesse sentido. E quando nos apercebemos que tudo está a mudar temos tendência de culpar os outros... É a natureza humana. Encontrar o responsável. Só que não nos lembramos que na maior parte das vezes a culpa não é dos outros mas sim nossa. Cada um de nós vai, inconscientemente, contribuindo para o alterar destas relações.

Durante os 9 ou 10 meses de aulas ainda temos a desculpa do estudo. O trabalho é sempre muito. Uns estão longe. E quando não estão há sempre algo mais para fazer. Mas um café conjunto ou umas horas na conversa podem, definitivamente, fazer a diferença.

Chegam as férias. Queremos estar juntos e compensar os meses anteriores. Mas as coisas não se restabelecem em 2 ou 3 meses. E tudo fica mais difícil...

Não vamos deixar o tempo e a distância ganharem... Parece-me que uns bons anos juntos não deveriam ser esquecidos. Está na hora de mudar algumas coisas.

São precisos churrascos, tardes de praia, noites de Trivial e de Twister, tardes no parque a comer tripas, noites de filmes com zombies, acampamentos em Cabril, em Covelo, em Portalegre, no Japão e na China se for preciso. Da minha parte há força. E da tua?